Joilson Gouveia* |
Permita-me, pois, umas breves considerações e/ou ponderações,
meu dileto literata “Peninha”, sobre a assestada “única certeza do brasileiro”,
o qual nunca sabe nem tem certeza de nada ou de coisa alguma, neste País tão
aviltado, espoliado e assaltado ou “desviado e doado”, mormente nesses últimos
seis ou sete lustros de escabrosos, inescrupulosos e desastrosos desgovernos
escarlates, oxalá daqui para frente passe a ter alguma, ainda que mínima; quem
sabe!?
Aliás, por falar em desastres, catástrofes, tragédias, “fatalidades” ou “acidentes” quase todos anunciados ou previstos sazonais tanto
quanto “as águas de março fechando o
verão” – haja dilúvios, inundações, desabamentos, desmoronamentos ou
enchentes e etc. com mortes de miríades de povo – abatido tal e qual gado na
fila do frigorífico ou de açougues e matadouros e não só de “batistas”– o brasileiro insensato,
insensível ou insano senão indiferente ou alheio às dores (dos outros) basta
ouvir um batuque para esquecer ou deslembrar de quaisquer “acidentes” ou “fatalidades”,
mormente se dentre as vítimas não há nem havia nenhum parente seu; claro!
Entrementes, atribui-se a Benjamin Franklin: “Não há nada tão verdadeiro no mundo como a
morte e os impostos”. É realidade, logo verdade!
Voltando aos festejos “certos” do brasileiro, já dissemos o
seguinte, a saber: https://gouveiacel.blogspot.com/2016/01/o-carnaval-versus-prioridades.html, muitas
escolas de samba e blocos querem verbas (assim como aqueles artistas anelam
pelas dádivas da Lei Rouanet) e recursos “públicos”, para “botar seu bloco na rua”! Já às escolas... que se danem!
Enfim, ao ensejo dessas iníquas iniquidades, futilidades, frívolas
frivolidades festivas banais chamadas de carnavais
– que, no nosso Brasil, há o ano inteiro (ou fora de época) desde os “trios-elétricos
de velhos e novos baianos”; porém inolvidável é o escólio do grande mestre
brasileiro Nelson Rodrigues, a
saber:
- "Uma vez viajando para Belo Horizonte para resolver algumas questões sobre as apresentações de suas peças, Nelson acaba encontrando Otto e pega uma carona com ele. Durante o percurso, em um surto de inspiração, Otto olha para Nelson e diz: "O mineiro só é solidário no câncer" uma frase que continha mais sociologia do que as 600 páginas de Os Sertões de Euclides da Cunha, segundo Nelson Rodrigues, e foi com ela que ele cria Otto Lara Resende ou Bonitinha, mas Ordinária". – Na íntegra in http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/2.804/a-peca-otto-lara-resende-ou-bonitinha-mas-ordinaria-1.502979.
Entenda-se
mineiro como todo brasileiro, pois,
onde a humanidade, alteridade, dignidade, solidariedade ou fraternidade aos seus
semelhantes ou aos familiares, parentes e amigos das vítimas dos aduzidos “acidentes”
ou incêndios (e não só no “ninho do urubu”,
há mais de duas dezenas até hoje) ou de “Marianas e Brumadinhos”?
Com efeito, nem mesmo
no “câncer” (DOR) o brasileiro é
solidário senão à folia do tríduo (oficial) de Momo, que dura mais de dezenas
de dias neste imenso Brasil afora!
Ao
ensejo dos festejos que se lhes servem somente aos que extravasam seus mais recônditos
desejos; ocultos em suas fantasias em meio à folia!
Abr
*JG
P.S.:
O texto acima fora postado in http://blog.tnh1.com.br/ricardomota/2019/02/24/a-unica-certeza-do-brasileiro/;
mas CENSURADO, ao que replicamos com o seguinte:
Abjeta,
desprezível e nefasta CENSURA - pelo menos era o que diziam na época da
"ditadura-militar", apelidada, enxovalhada e imputada ao regime
constitucional militar que durou 21 anos (1964/1985) - mas, é assim e é isso
mesmo, já nos dizia MILLÔR FERNANDES: "democracia é quando eu mando em
você; quando você manda em mim é DITADURA"!
Passar
bem!
Abr
*JG