Joilson Gouveia* |
·
(A morte de uma pessoa é uma tragédia; a de milhões, uma estatística.
Joseph Stalin)
Muitos
dela (estatística) se servem como
advertido por Andrew Lang – “Alguns usam a estatística como os bêbados usam postes: mais para apoio
do que para iluminação.”
Ademais,
tudo segue à risca às teorias, teses, estratégias,
táticas, programas, projetos e planos e esquemas tecidos, urdidos e
tramados pelos socialistas/comunistas
(que muitos incautos, ignaros, incautos e ingênuos pensam ter expirado, exaurido
e extinto com “a queda do muro de Berlim”,
conforme temos discorrido e discorremos aqui, a saber: a) http://gouveiacel.blogspot.com.br/2017/05/lembro-os-os-comunistassocialistas.html;
b) http://gouveiacel.blogspot.com.br/2017/01/os-planos-projetos-e-programas.html,
e; c) http://gouveiacel.blogspot.com.br/2017/04/socialistas-sao-meros-artifices-do-mal.html; dentre outros mais em nosso blog), os quais
foram ultimados e aperfeiçoados nos três últimos foros-mundiais realizados no Brasil: Manaus, Porto Alegre e São Paulo
– lembro-os que o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente
- é de 1990, bem como também o tal PETI,
que o sucedeu, sem falar na lei antidrogas,
que mais protege que reprime, nem pune e tampouco criminaliza os “suspeitos” ou contumazes usuários apelidados
de “dependentes químicos”! – Vide mais sobre o
tema n http://gouveiacel.blogspot.com.br/2017/04/eureka-o-insoluvel-busilis-tem-solucao.html.
De
lembrar, pois, que desde a debacle redemocratização,
a esquerda alçou ao Poder e, desde então, tudo
seguiu e segue a contento e a todo vapor, mormente com a “pátria
educadora”. Aliás, ao ensejo, urge trazer à colação alguns
excertos do texto “A transfiguração
do desastre” editado em O Globo, de 16 de junho de 2001, de Olavo de Carvalho, a saber:
·
“Sempre que os esquerdistas querem impor um
novo item do seu programa, alegam que é a única maneira de curar determinados
males. Invariavelmente, quando a proposta sai vencedora, os males que prometia eliminar são agravados.
O normal seria que, em
tais circunstâncias, a esquerda fosse responsabilizada pelo desastre.
Mas isto jamais acontece, pois instantaneamente o argumento legitimador
desaparece do repertório e é substituído por um novo sistema de alegações, que celebra o fracasso como um sucesso ou como uma necessidade
histórica incontornável.
·
Ninguém compreenderá
nada da história do século XX – nem deste começo do XXI – se não conhecer esse mecanismo
de justificação retroativa pelo qual leva o povo a trabalhar em prol de metas
não declaradas, que o escandalizariam se as conhecesse e que por isto só
podem ser atingidas pela via indireta da cenoura de burro.
·
Alguns exemplos
tornarão isso bem claro.
· 1) Quando o Partido
Comunista lançou seu programa
de destruição das instituições familiares ‘burguesas’,
consubstanciado no que mais tarde viria a ser a ‘liberação sexual’, sua alegação principal,
elaborada pelo dr. Willelm Rech, consistia em que o homossexualismo,
sadomasoquismo, fetichismo etc. eram frutos da educação patriarcal repressiva.
Eliminada a causa,
essas condutas desviantes
tenderiam a desaparecer do cenário social. Bem, os últimos resíduos
de valores patriarcais foram suprimidos da educação ocidental entre as décadas
de setenta e oitenta, e o que se viu em seguida? A disseminação, em escala apocalíptica,
daquelas mesmas condutas que se prometia eliminar. Obtido o resultado,
essas condutas começaram a ser celebradas como saudáveis,
dignas e meritórias, e toda crítica a elas passou a ser condenada –
às vezes sob as penas da lei – como abuso intolerável e atentado contra os direitos humanos.
· 2) Quando a esquerda
mundial começou a lutar pela legalização do aborto,
um de seus argumentos principais consistia em que o grande número de abortos
era causado pela proibição, que facilitava a ação de charlatães intrometidos e
gente não habilitada em geral. A legalização, prometia-se, obrigaria a realizar o aborto em condições
medicamente aceitáveis, portanto diminuindo o número de casos. Qual foi o resultado?
No primeiro ano, o número de abortos nos EUA subiu de 100 mil para um milhão e não parou de crescer
até hoje. Pelo
menos 30 milhões de bebês já foram sacrificados, ao mesmo tempo que os
apologistas da legalização, em vez de admitir a falácia de seu argumento inicial,
festejam o fato consumado, tratando de marginalizar e criminalizar qualquer
crítica ao novo estado de coisas.” (Sic.) – sem grifos no original.
Inclusive,
aqui no nosso querido e amado Brasil, até o STF se deixou levar pelo ardiloso engodo
da esquerda caviar,
a saber: a) http://gouveiacel.blogspot.com.br/2016/12/seres-insipientes-ja-podem-matar-aos.html,
e; b) http://gouveiacel.blogspot.com.br/2016/12/de-que-serve-nossa-carta-cidada.html.
Ou seja, onde a lógica ou a atoleimada preocupação com a recrudescente violência
letal de crianças, adolescentes e jovens, se já é consentido, permitido, anuído
e autorizado (legalizado) ceifar
seres incipientes, antes de noventa dias de vida? Hipócritas! Canalhas! Cínicos!
Voltemos
aos excertos.
· 3) Quando os
esquerdistas norte-americanos inventaram a política de quotas e indenizações
conhecida como affirmative action,
alegavam que diminuiria a criminalidade entre a população negra. Oficializada a
nova política, o
número de crimes cometidos por negros contra brancos aumentou significativamente,
segundo estatísticas do FBI. Que fizeram então os apóstolos da affirmative action? Reconheceram humildemente que reforçar o
sentimento de identidade racial era alimentar preconceitos e conflitos de raça?
Nada. Celebraram o aumento da hostilidade racial como um progresso da democracia.
· 4) Quando, querendo destruir
a tradição norte-americana que considerava a educação um dever da
comunidade, das igrejas e da das famílias antes que do Estado, a esquerda
norte-americana reivindicou a burocratização do ensino, um de seus argumentos básicos era que a delinquência
juvenil só poderia ser controlada mediante ação educacional do Estado.
Com Jimmy Carter, em 1980, os EUA passaram a ter pela primeira vez um
Ministério da Educação e programas de ensino uniformes. Duas décadas depois,
a delinquência entre crianças e adolescentes não apenas vem crescendo muito
mais que antes, mas adotou como seu quartel-general as escolas públicas, hoje transformadas em áreas de risco, a ponto de que, no
começo do ano, a prefeitura de New York estava privatizando as suas por não ter
meios de controlar a violência nelas. Em respostas, que faz a esquerda?
Admite que errou? Não. Luta pela uniformização estatal do ensino em escala mundial.
· 5) No Brasil, a única maneira de
diminuir a violência nas áreas rurais, proclamavam os esquerdistas, era dar
terras e dinheiro ao MST. Pois bem, as terras foram doadas – foi a maior
distribuição de toda a história humana, com muito dinheiro atrás. A violência
não diminuiu. Ao contrário, aumentou muito. A esquerda confessa que errou? Não.
Trata de organizar a violência e celebrá-la como a conquista de um novo patamar
histórico na luta pelo socialismo.
· Os exemplos poderiam
multiplicar-se ad infinitum – e notem
que propositadamente evitei mencionar os casos extremos, sucedidos no próprio âmbito
dos países socialistas, como a coletivização da agricultura n URSS, o Grande
Salto para a frente e a revolução Cultural na China, a revolução cubana etc.,
limitando-me a fatos sucedidos no mundo capitalista.
· A promessa salvadora
transfigurada em desastre e seguida da troca de discurso legitimador foi, em suma,
o modus agendi essencial e constante
da esquerda mundial ao longo de um século, e não se vê o menor sinal de que
algum mentor esquerdista tenha problemas de consciência por isso. Ao
contrário, todos continuam prometendo a solução dos males, ao mesmo tempo que
já têm pronta, na gaveta, a futura legitimação dos males agravados. Prometem diminuir o consumo de
drogas mediante a liberalização, controlar
a corrupção mediante o ‘orçamento
participativo’, reprimir a delinquência
mediante o desarmamento civil ou ‘mediante direito alternativo’ leninista que criminaliza antes
a posição social do acusado do que seu ato criminoso. Sabem perfeitamente
aonde tudo isso leva – mas sabem também que ninguém os apoiaria se proclamasse
em voz alta o que desejam.” (Sic.) – Sem grifos no original.
Enfim,
alguém ainda duvida de que urge endireitar nossa Pátria Amada Brasil? É o que temos
dito, repetido, reiterado e replicado em nosso modesto blog.
Abr
P.S.: Os excertos colacionados estão nas p. 228 a 230 da obra de Olavo de Carvalho: “O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota”.