Joilson Gouveia* |
Toda
“a ignorância é atrevida”:
seria um aforismo popular ou a teria dito o nosso polêmico sagaz, sarcástico e
satírico escritor, jornalista, cronista e autor Nelson Rodrigues, que assestara “toda unanimidade é burra”?
Com
efeito, inclusive, houve quem pesquisasse, duvidasse, contestasse e explicasse
sobre ela não ser de sua autoria, e sim do famigerado sanguinário nazista ou de
um escritor alemão, e citada por Hitler,
mas vejamos aqui, a saber:
- Melhor resposta: Muitas pessoas, sem pensar, usam a terrível afirmação de
Nelson Rodrigues: "Toda unanimidade é burra".
- Trata-se de uma frase de efeito. Como aquela outra: "Nem toda mulher gosta de apanhar, só as normais". Ou esta: "Um suicida já nasce suicida". Expressões que Nelson colecionava para nos fazer refletir, provocar polêmica, e não para encerrar discussões ou aumentar o número de lugares-comuns.
- Frase de efeito que é também armadilha de Nelson. Quando todo mundo concordar que toda a unanimidade é burra ficará
comprovado que toda a unanimidade é burra mesmo!
- A palavra "unanimidade" vem do latim unanimis. Significa,
simplesmente, que duas ou mais pessoas vivem com um (unus) só ânimo (animus).
Um time de futebol bem treinado, uma equipe de trabalho bem articulada, dois
amigos leais, um casal que pensa e age em harmonia são exemplos de unanimidade
inteligente.
- Em dados contextos, sim, a unanimidade pode ser burra. É burrice
todos obedecerem cegamente a uma ordem que vem não se sabe de onde com
finalidades obscuras ou inconfessáveis. É burrice, por exemplo, comprarmos
um livro pelo único fato de ele constar da lista dos mais vendidos. Unanimidade
inteligente começa na alma de cada um. Começa na individualidade. Na luta
pessoal contra as nossas intolerâncias, contra essa tendência a só sentir as
próprias dores, a observar o mundo pelo buraco de um canudinho.
- Unanimidade inteligente requer a liberdade de distinguir entre o
direito nosso de questionar e o dever nosso de comprometer-nos. Requer,
mais ainda, a capacidade de reconhecer que podemos estar errados e a maioria
estar certa...
- Existem unanimidades excepcionais. Os especialistas da educação são
unânimes, por exemplo, ao afirmar que todo aluno pode descobrir o prazer de
aprender. Esta verdade ajudará os professores a trabalharem com ânimo e
esperança.
- Espero que sejamos unânimes, também, quanto a certas idéias e valores
que nos obrigam a repensar nossa conduta, pedir perdão, desdizer o que
dissemos, enfim, melhorarmos como pessoas.
- O ser humano é perfectível. Seremos mais humanos se formos unânimes naquilo que valha a pena. A melhor forma de vencer a unanimidade burra é participar da unanimidade inteligente.” – in https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080908130156AA1CcN3 by Priscilla Winchester. (Sic.)
Entrementes,
independentemente de quem seja seu autor ou a tenha dito, toda unanimidade burra ou “inteligente”
conduz, seduz ou induz à alegação de que todos seríamos iguais in
genere e não semelhantes enquanto seres humanos distintos, díspares,
diversos e diferentes de saberes, conhecimento, cultura, razão, intelecto e
inteligência e não somente quanto ao aspecto sexual (sexo masculino e sexo feminino) que querem, desejam e tentam impor uma unânime dominante ideologia
hegemônica do tertius genes,
abominando, desconhecendo e ignorando os hereditários pares de cromossomos, gametas,
zigotos (homozigotos e heterozigotos ou os pares “xx” e “xy”); coisas
típicas da anelada, sórdida, descabida, impossível e improvável dissimulada hegemonia escarlate em seus mais de
cinquenta tons!
A
lógica ilógica ou falta desta (lógica) é a mesma insana sandice de quando
se imagina ou se supõe que todos chineses ou japoneses são iguais ainda que
semelhantes, similares e parecidos uns com os outros ou tal e qual tailandeses
e coreanos. Imagine-se aqui, num Brasil multirracial, multiculturalista ou
multiétnico, misturado e miscigenado com cultos
aos “dias de consciência” disso ou
daquilo ou quejandos, por exemplo?
Melhor
seria se tivéssemos dias de consciência
humana enquanto seres humanos que
demonstramos não Ser. Na prática, não
temos sido humanos! Faltam-nos cultuar os princípios, valores, ânimos e ideais
ou ideias sem ideologias carcomidas, fracassadas e ultrapassadas que nunca
deram certo por serem o próprio erro!
Doutro
lado, a ignorância (unânime ou não) campeia
atrevidamente solta numa ousadia intrépida, ridícula e desafiadora, mormente
aos borbotões de bordões de algumas centenas de jovens ignaros, agnósticos e inocentes úteis lobotomizados ou
manietados e manipulados pelos “grandes
pensadores críticos” esquerdistaPATAS que se dizem “educadores” – que saudades dos verdadeiros professores que
ensinavam-nos a aprender e não só a apreender e decorar seus ditos e dizeres –
ou pensam ser pensantes pedagogos ou
psicopedagogos, que bombardeiam nossas crianças e não mais somente à
juventude (adolescentes secundaristas e
universitários) literalmente usados para defesa indefensável de interesses
partidários, jamais educacionais ou culturais ou intelectuais!
De
mais a mais, no Brasil, ignorância ou ignorar (agnosia) é sabedoria ou
como bem o disse Olavo de Carvalho: “o
Brasil é o único país do mundo onde a ignorância é fonte de autoridade
intelectual”. Daí estarmos em odiosa estagflação ou degradação generalizada
e quase total!
“Por que” - como bem indagado e dito por Morgan
Freeman - “não há um dia da
consciência branca, amarela, porquê há de ter um dia ou um mês da consciência
negra?”. Disse mais, a saber: “O dia em que pararmos de nos preocupar com a
consciência negra, amarela ou branca e nos preocuparmos com a consciência humana o racismo desaparece” – veja sua entrevista
aqui, a saber: https://www.facebook.com/229282227416635/videos/364290577249132/
Além
do mais, a mídia televisiva aberta ou fechada tem dado mostras cabais nessa campanha
aniquiladora dos princípios, valores e ideais ou ideias constitutivos e
constituidores da célula mater da
nossa Sociedade: família. – Vejam ao
ignominioso iníquo e sórdido programa “Encontros”,
de Fátima Bernardes, que sugestiona, influencia, dissemina e apregoa novos valores, nas cabecinhas de
crianças entre seis e doze anos, ao mostrar vídeos “voluntários”, “espontâneos”,
“inusitados” ou “inesperados” de
casais gays se declarando e se beijando à luz do dia, e com comentários de
pedagogos, psicólogos e atores gays tentando “normalizar suas condutas ou preferências sexuais”, aviltando,
denegrindo e degradando os valores da família ou, no mínimo, confundindo suas
cabecinhas ingênuas, inocentes e ainda ignorantes dessas tais “preferências” e “opções”. Onde o MP, Juizados da Infância e respectivos Conselhos Tutelares?
Uma
coisa é ser contra a homofobia outra é ser apólogo do gayzismo ou do homossexualismo masculino ou feminino ou
bissexualismo ou mesmo o feminismo ou
o machismo, para nossas crianças. Ou
não?
Nada
contra aos que têm essas ou aquelas preferências, mas deixem nossos inocentes em
paz e tranquilos com sua inocência ingênua infantil e próprias de crianças. Por
que essa açodada pressa sobre tais temas?
Como
pregar a tolerância e a aceitação ou compreensão às diversidades se tentam impor a unanimidade, unicidade ou uniformidade ou hegemonizar o tertius genes dessa absurda, abjeta e
abstrusa teoria de gênero? Passaremos
a ser seres comuns de dois ou mais gêneros, doravante? Extinguiremos os seres
machos e fêmeas ou extirparemos os héteros:
homens e mulheres?
Enfim,
em se tratando de preferência, escolha ou opção, deixai-os, pois, selecionar ao
seu livre alvedrio, nuto, talante e gosto pessoal, individual, privativo e íntimo
de cada Ser ou de per si; ou não? – Gustibus
et coloribus non est disputandum: gosto
e cor não se discute, nem devem ser impostos ou impostas; ou não? Qual o
propósito e a quem interessa essa gana ou moda e modismo?
Isso
sem falar na ignominiosa, iníqua e ignomínia ou oprobriosa enquete de escolher
a salvação da vida entre um policial e um
traficante? É um descalabro! Uma apologia transversa ao crime senão aos
criminosos! Ou não?
Bem
por isso, digo, repito e reitero: urge endireitarmos nosso Brasil!
Abr
*JG