Joilson Gouveia* |
Antes de adentrar ao tema abaixo transcrito,
contido e hospedado o seguinte link, a ver: http://blog.tnh1.com.br/ricardomota/2019/06/10/gravacoes-mostram-que-dallagnol-era-apenas-assistente-de-moro-na-lava-jato/,
desde já instando as devidas escusas e, sobretudo, a anuência dos meus quase
cem leitores e aos demais que a este virem e tenham acesso, coragem e estômago,
para lerem e comparem com os excertos do que dissera o referido blogueiro e renomado
arauto escarlate sobre semelhante tema: “vazamentos
à imprensa de teor de processos e delações ou denúncias da e sobre a lava-jato”;
aos quais, à época, por oportuno, rechaçamos, repelimos, repudiamos e contestamos,
há exatos quatros idos, a saber: https://gouveiacel.blogspot.com/2017/05/delatores-confessos-versus-delatados.html;
notem bem o que discorrera o atoleimado escarlate, antes e hoje.
Senão vejamos.
Eis, pois, o que diz atualmente, hoje e agora, a ver:
- “O site The Intercept Brasil avisa que tem muito mais revelar das conversas entre o ex-juiz Sérgio Moro e a força-tarefa a Lava Jato em Curitiba.
- E o que vem por aí pode ser ainda pior.
- Fato concreto é que aquilo que já se
sabe revela pelo menos uma verdade: o Ministério
Público Federal seguia as ordens do magistrado, em Curitiba, inclusive para
realizar operações e apresentar denúncias. Ele mandava, os procuradores de
Dallagnol faziam.
- Independência?
- Que nada.
- Não sei se o conteúdo divulgado será
suficiente para anular os julgamentos presididos pelo
atual ministro da Justiça – inclusive o do ex-presidente Lula -, ainda
que o que foi apurado não seja descartado.
- Que os juristas brasileiros – são mais
de um milhão – entrem num improvável acordo sobre o
tema.
- O que também me parece claro: o
compromisso assumido com Moro pelo presidente Bolsonaro (que o revelou), de
fazê-lo ministro do STF, foi para o espaço.
- E, cá pra nós, não
acredito que os dados e conversas apresentados sejam fruto da ação de algum
hacker, como afirmam os integrantes da força-tarefa (o vazamento das informações é muito semelhante ao que vimos
no período em que o ministro era juiz).
- Isso me parece fogo amigo – resta saber onde começou a chama”. (Sic.)
Eis,
pois o que dissera antes, outrora ou há quatros anos passados, a saber:
- “Nunca foi tão fácil fazer telejornais ou produzir matérias em sites e impressos por semanas a fio quanto agora, na Operação Lava-Jato.
- O espetáculo está garantido
pelas muitas horas de gravação das delações premiadas. E embora elas
tenham perdido o impacto – por deixarem de ser novidade -, as falas dos delatores são a principal matéria-prima de um trabalho
preguiçoso, que vai ao ar diariamente.
- A Justiça disponibiliza as
gravações, os editores fazem a seleção – ao gosto – e apresentam ao grande
público como a última novidade do planeta. Quando muito, seus
intérpretes, os comentaristas, falam da “gravidade dos fatos” ou tentam
traduzir o que está dito: como telespectadores, leitores e ouvintes devem
entender a fala do dia.
- Um festival de baboseiras!
- Poucos são os profissionais de imprensa que, tendo
condições de fazê-lo, se dispõem a checar informações, comparar os relatos,
buscar algo mais do que a fala dos réus confessos – os
criminosos “arrependidos”.
- O principal efeito colateral desse “trabalho”
jornalístico é criar a falsa impressão de que a Justiça
está sendo feita.
- Não está.
- E, cá para nós, os
delatores, estes, sim, estão
voltando para suas mansões, condomínios de luxo e recantos aprazíveis, como se nada
tivessem feito: ricos a não mais poderem.
- Até parece que a Justiça Federal do Paraná virou um confessionário: quem reconhece os pecados cometidos reza as orações recomendadas, limpa a
própria consciência e renova os votos de bondade e honestidade – longe da cadeia, é claro.
- A grande imprensa, de forma geral, se dá por satisfeita e agradecida por poder, diariamente, apresentar o resultado do trabalho… alheio”. (Sic.) – sem destaques no original – contido in http://blog.tnh1.com.br/ricardomota/2017/05/13/o-espetaculo-das-delacoes-alimenta-o-jornalismo-preguicoso-de-cada-dia/
O que o teria feito mudar assim? Antes: era “um festival de
baboseiras”, para deleite de “jornalistas preguiçosos”! Hoje, são as mais
fidedignas, verídicas, verdadeiras e verazes verdades ou “fatos concretos”, ainda que oriundas,
dimanadas e provindas de “vazamento de
fogo amigo” ou furto de alguns hackers – será que fez aquilo que aconselhara
aos demais colegas seus: “Poucos são os profissionais de imprensa que, tendo
condições de fazê-lo, se dispõem a checar informações,
comparar os relatos, buscar algo mais do que a fala dos réus confessos – os
criminosos “arrependidos”?
Enfim,
continuo dizendo, repetindo, reiterando e replicando o que já havíamos assestado,
a saber:
- Por 21 anos, a “imprensa-canalha” [Millôr] fez e faz aquilo que vaticinara Joseph Pulitzer: “com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corruPTa formará um público tão vil como ela mesma”.
- É o que temos visto – ou melhor: não temos visto, lido ou ouvido – a imprensa-canalha, como definida por Millôr, sequer menciona, informa e discorre ou denega, rebate, repele, repudia ou critica senão encobre o criminoso “foro de São Paulo”, que urdiu o fim do Brasil, para ser a Pátria-Grande deLLes, seus manifestantes desfraldam e empunham bandeiras outras que não a do Brasil. - Na íntegra in http://gouveiacel.blogspot.com/2018/09/o-vaticinio-do-general-presidente-do.html
Agora, para
pensar na cama - plagiando o saudoso Joelmir
Beting: por que a imprensa pugna tanto contra a franqueza, serenidade,
seriedade, honestidade e sinceridade de um único homem, que enfrenta o Estabilshment (ordem social estabelecida de pessoas de
grande influência ou poder, desde FHC&Lula: as
lâminas da tesoura escarlate) que anela o unitário e totalitário
ESTADO-DEUS, onde sequer há imprensa senão a “oficial” ou “chapa-branca”?
Embora a
democracia seja “a
estrada segura” (ao comunismo/socialismo/marxismo/leninismo/stalinismo)
ou “o essencial
oxigênio” (Gramsci) dos
atuais “progressistas/humanistas/coletivistas/igualitaristas”
a imprensa (livre, autônoma, imparcial, impessoal, independente e plural) deixa
de existir; ou não?
É JÁ IR
ou já era, temos dito, repetido, reiterado e replicado haja vista que inexiste
democracia sem alternâncias, mudanças, variadas, repetidas e sucessivas
sucessões de (e no) Poder, sob pena de uns “condenados”
se arvorarem de dizer que “tomaremos o poder, o
que é diferente de eleições”, para retornar ao Poder [José Dirceu] e a imprensa silente,
calada, muda, ausente, alheia, mouca e quieta: a ameaça é o MITO?
Ora, ora, ora, tenham paciência e durmam com o alarido desses! Vejam:
- (...) inclusive, ao contrário, não há criminosos na “mídia mercenária, cínica e corruPTa” nem na “imprensa-canalha”[Millôr], apenas seus crimes têm [em face à liberdade de imprensa unívoca, unilateral, impessoal e imparcial conforme a verve de useiros e vezeiros escarlates] livre espaço para dissecar, disseminar, espraiar e formar “opiniões” sendo ou não FAKE NEWS – há até “pós-verdades”-, inverídico, falaz, mendaz, loquaz e mordaz é o que o ignaro, incauto, agnóstico ou subliterato leitor/comentarista há de engolir os “crimes de imprensa e da imprensa”, mas nunca dos jornalistas, redatores, repórteres séquitos da pauta determinada por editores/redação – aliás, no mais da vez, se escudam no IN OFF, “para preservar suas fontes”; ou não?
- Os eleitores avessos, dissidentes e contrários ao candidato qualificado, preparado e capacitado pelo e do Establishment somos todos adjetivados de “loucos, bozos, violentos, fascistas, ‘mané bestão’, ‘maria otária’, plateia do “Chacrinha” ou de ‘reacionários, coxinhas e quejandos’ ou ‘desocupados’ (“vagabundos que não têm mais o que fazer que ler blogs”) quando não pechados de “ditadores”, mormente se ousarem em pedir uma intervenção marcial castrense federalizada tal e qual à de outrora, quando fomos felizes... E como fomos felizes!
Entrementes,
é surpreendente senão espantoso, a despeito de saber do desiderato de todo o “jornalismo”
nacional:
- Salvador Allende: “A objetividade não deveria existir no jornalismo, porque o dever supremo do jornalista de esquerda não é servir a verdade, e sim servir a revolução”. Em discurso no primeiro congresso nacional de jornalistas de esquerda. El Mercúrio, 9 de abril de 1971. Porém, algo está mudando no “jornalismo”, que bom, que legal, para o Brasil e para os brasileiros e brasileiras decentes deste País! Só mesmo um Mito é capaz de tal proeza; não? – SQN! Ironias à parte! :D
Enfim,
é insofismável, induvidoso e imperioso reconhecer, admitir e aplaudir ao “mestre que sempre razão por profissão”,
a saber: “grande parte de uma ‘mídia assassina de
reputações’, aquela mesma de uma ‘imprensa-canalha’[Millôr] ou ‘mercenária, cínica,
corrupta e demagógica’[Pulitzer]
ou mera ‘organização criminosa, nada mais’[Olavo de Carvalho], que não retrata os
fatos (‘os planeja e produz’), como se tem visto aqui, ali, acolá e
alhures, imputa, acusa, julga e condena aos que processaram, julgaram e condenaram
o “asceta de prístinas virtudes” e “alma mais honesta” do mundo: todos os demais
condenados – bem mais que uma centena e meia – são culpados; menos eLLe!
Por que é que o “seu adEvogado” não consegue provar
sua inocência?
Abr
*JG
Nenhum comentário:
Postar um comentário