Joilson Gouveia* |
Meu
prezado Silvio Marcelo, por favor, permita-me
desconcordar de suas preocupadas e preocupantes assertivas, inclusive até ouso sugerir-lhe
a leitura das seguintes obras, de Ludwig
von Mises: “Marxismo Desmascarado”; “A Mentalidade Anticapitalista” e “O
Livre Mercado e Seus Inimigos”, mormente nesta última, na qual:
·
“Ele explica a natureza do homem como a de um
ator pertinaz, que confere significado às suas ações no contexto dos fins escolhidos
e dos meios selecionados para atingir seus objetivos. É a intencionalidade do
homem que torna as ciências naturais. Isso também permite que Mises demonstre
por que a teoria do materialismo dialético e do determinismo histórico de Karl
Marx é fundamentalmente um mito e uma fantasia”.
·
“(...),
ele mostra o funcionamento real do
processo de mercado através do qual a liberdade econômica fornece os incentivos
e a liberdade pessoal para que os indivíduos possam trabalhar, economizar e investir
(...) como a demanda por bens e serviços
sempre orientada pelo cliente, é o que realmente fornece o estímulo e as
oportunidades de lucro para que os empreendedores, de forma criativa, organizem
e guiem a produção de modo a servir aos desejos e necessidades do público
comprador”. Op. Cit. P. 21/22.
Noutras
palavras, o cliente, o freguês, o indivíduo, o sujeito ou o consumidor é quem
irá ditar as regras do mercado e do consumo, conforme sua preferência e livre escolha,
pela eficiência, eficácia e qualidade do bem ou produto que pretenda adquirir, haja
vista que o “processo de mercado é
dependente da emergência de um meio de troca – o dinheiro -, através do qual
uma miríade de bens e recursos podem ser reduzidos a um denominador comum, na
forma de preços monetários”.
Com efeito,
ele deita por terra aquela esfarrapada, surrada e arcaica ideia equívoca de que
“a riqueza de um homem é causa da
pobreza de outros homens”.
Enfim,
“trata-se de entender que a riqueza é criada; ele não existe pronta na
natureza”.
Diz-nos
mais ainda, a saber:
·
“(...) Mas a famosa teoria da exploração de Karl Max erra por cair no chamado ‘jogo de soma zero’ – isto é,
acredita-se que a economia é uma atividade em que um ganha e outro perde, como
se não houvesse nenhuma criação no processo. Assim, tratando o mundo como um
grande jogo de aposta, Marx demonstra não perceber que aquilo que chamou de ‘classe burguesa’ cria algo que não existia anteriormente, portanto, não é exato dizer
que há ‘exploração’, que esta ‘classe’ apodera-se daquilo que é apenas
o esforço da ‘classe trabalhadora’.
Mas em sua visão, apenas o trabalho (em sentido laboral, físico) gera algo
novo, tomado à força pelo poderio econômico. Desta forma, conclui-se que
somente o proletário teria um direto sobre toda a riqueza do mundo, por ser o
único responsável pela sua existência. No entanto, bastaria analisar quais são
os países em que mais se trabalha, comparando-os com os países mais ricos, para
se notar a disparidade entre eles, e perceber o quanto a teoria marxista atirou
para longe do alvo”. (Sic.) - A Mentalidade Anticapitalista. P. 9/11.
Abr
*JG
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