Joilson Gouveia* |
Indagas: “Que tempos são esses”? -, mas confessas
sabê-lo que não são os áureos, seguros, profícuos, alegres, saudosos e bons
tempos em que éramos felizes, a despeito de sempre enxovalharem a esses
tempos como “anos de chumbos, sombrios ou ditadura”.
Ledo equívoco!
Eis, pois, a admissão, reconhecimento e saudosa confirmação,
a saber:
“Eu sei, eu sei, eu sei: os leitores
haverão de, com justiça, me acusar mais uma vez de saudosista, apegado ao
passado, avesso ao porvir: não serei capaz de me defender, e a hermenêutica não
se aplica ao meu caso quase patológico. Mais ainda, confesso: não encontro no
que vejo e no que ouço nesta seara nenhuma razão para ter saudades do futuro”. Na
íntegra in http://blog.tnh1.com.br/ricardomota/2018/02/11/que-tiro-foi-esse/
Entrementes, esses tempos são, simplesmente, os que nos foram
legados por mais de 32 anos de desastrosos desgovernos escarlates, sobretudo de
uma “pátria educadora” à mercê de uma afiadíssima tesoura,
que todos esses seus citados ídolos ajudaram a forjar; ou não?
É, pois, com efeito, mais que chegada a hora de livrar nossa
nação desses tempos presentes e sem futuros, basta a mais mínima reflexão ou
avaliação, para buscar uma cívica coragem intelectual, ética, moral e
patriótica de um Ferreira Gullar, Cassia
Kiss, Carlos Vereza, Antonio Fagundes, Ariano Suassuna dentre tantos que se
renderam em autocríticas e “mea culpa
máxime culpa”, a saber:
(...) tal e qual fizera Ferreira
Gullar e tantos outros que despertaram desse sonho ilusório, se
“endireitaram” ou “deram uma guinada à direita”! Senão vejamos, a
saber:
“O socialismo fracassou. Quando o Muro
de Berlim caiu, minha visão já era bastante crítica. A derrocada do socialismo
não se deu ao cabo de uma grande guerra. O fracasso do sistema foi interno.
[...]
·O empresário é um intelectual que, em
vez de escrever poesias, monta empresas. É um criador, um indivíduo que faz
coisas novas. A visão de que só uma lado produz riqueza e o outro
só explora é radical, sectária, primária. A partir dessa miopia, tudo o mais deu errado para o
campo socialista. [...]
Eu, de direita? Era só o que
faltava. A questão é muito clara. Quando ser de esquerda dava cadeia,
ninguém era. Agora dá prêmio, todo mundo é. Pensar isso a meu respeito não é honesto. Porque o que estou dizendo é que o socialismo acabou,
estabeleceu ditaduras, não criou democracia em lugar algum e matou gente em
quantidade. Isso tudo é verdade. Não estou inventando. [...]
·Não posso defender um regime [o
cubano] sob o qual eu não gostaria de viver. Não posso admirar um país do qual eu não possa sair a
hora que eu quiser. Não dá para defender um regime em que não
se possa publicar um livro sem pedir permissão ao governo. Apesar disso, há uma porção de intelectuais
brasileiros que defendem Cuba, mas, obviamente, não querem viver lá de jeito nenhum. É difícil para as
pessoas reconhecerem que estavam erradas, que passaram a vida toda pregando uma
coisa que nunca deu certo.” (Sic.) Loco
citato, Rodrigo Constantino, in “Esquerda Caviar”, p 420. – Na
íntegra in http://gouveiacel.blogspot.com.br/2017/03/uma-heloisa-sempre-helena-muda-pequena.html
Urge,
pois, que os “agentes-de-transformação-social”
tenham semelhantes, similares, símiles e idênticas posturas, atitudes e
coragens iguais, para endireitar de uma vez e para sempre nossa “querida Pátria amada, Brasil”!
Enfim,
sem o devido exame de consciência autocrítico não haverá “saudades” desse presente nem do “futuro”!
Abr
*JGP.S.: Postado in http://blog.tnh1.com.br/ricardomota/2018/02/11/que-tiro-foi-esse/
Nenhum comentário:
Postar um comentário