Joilson Gouveia* |
No
grande cenário do "teatro da vida", onde as principais personagens
(do e no Trânsito) trafegam não só os transeuntes/pedestres,
condutores/motoristas de veículos, ciclistas, motociclistas e, sobretudo, os
"motoqueiros" – velozes
e furiosos -, os quais deveriam fazer a parte de cada um "para melhorar o trânsito";
estes últimos sequer se veem como um dos "atores do trânsito", aos quais são inócuas todas as regras e
normas do CTB e suas inúmeras "resoluções" existentes!
Motoqueiro não se vê ou não se entende como um condutor de veículo: trafega entre as faixas das várias vias
e artérias de tráfego; ultrapassa por entre os demais veículos (pela esquerda,
pela direita, pelo centro e por entre os veículos as faixas de tráfego) quando
não o faz na (e pela) contramão do fluxo da via e, no mais da vez, sobre
calçadas, canteiros e etc.
São
os “costureiros
do tráfego” (num ziguezague frenético, açodado e arriscado)
ziguezagueando em todos os sentidos possíveis e imagináveis; livres como os
ventos e tanto quanto suas cabeças, nem sempre protegidas por capacetes, e
esquecem a tíbia fragilidade vulnerável da “carroçaria” de suas motos: seu
próprio corpo!
E
quando a cabeça (de vento) não pensa o corpo padece, fenece e inerte estremece
aos impactos, quedas, choques e colisões – esquece que “a moto
foi feita prá cair”, no dizer de Jô Soares. “Parou; caiu”! Por isso nunca param!
O
semáforo em vermelho é uma triste tormenta e verdadeira agonia aos açodados amantes da velocidade...
A
velocidade não encurta distâncias apenas reduz o tempo entre dois pontos:
partida e chegada; sobretudo o “tempo de vida” dessa “louca vida breve”!
Ao
motoqueiro não há limites, bem como também ao transeunte/pedestre, que quase
nunca atravessa na sua “faixa de segurança para pedestres”, na qual tem o
direito, que implica no dever de parar aos condutores de
veículos, salvo aos motoqueiros; claro!
Assim
como os motoqueiros, há muitos pedestres abusando “de seu direito”, ao
atravessar a via fora da faixa-de-pedestre, esperando que os
condutores de veículos parem para sua passagem, como se na faixa estivessem!
O
Trânsito rege o tráfego por símbolos, signos, sinais e sinaleiras ou setas
indicativas de mudança de sentido e direção, quase nunca usadas por condutores
de veículos, no mais da vez sequer sinaliza ou liga a seta indicando sua
vontade de mudar de faixas ou de direção; o pedestre, por sua vez, fora da sua
faixa de segurança, há de sinalizar sua intenção de atravessar, sob pena de ser
atropelado ou não? O motoqueiro nem isso! – QUEM NÃO SE PROTEGE NÃO PODE
ESPERAR SER PROTEGIDO!
Entrementes,
não há faixas de segurança e de travessia de pedestres em todas as esquinas e
cruzamentos de vias na cidade, mas pardais há por
demais, e sem os devidos sinais regulamentares e suas
imprescindíveis, regulares, regulamentadas e obrigatórias placas indicativas,
educativas e sinalizadoras, como prescrito o CTB e demais Resoluções de
trânsito e tráfego do CONTRAN!
Abr
*JG
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