Joilson Gouveia* |
Concordo em gênero, número
e grau com o talento literário de nosso primoroso literata caetés e tupiniquim,
que nos premia com suas maravilhosas crônicas dominicais e, semanalmente ou diariamente,
também com suas argutas sátiras, contundentes críticas e análises perspicazes e diatribes diárias
sobre o cotidiano e ilustres celebridades ou personalidades políticas da atual conjuntura
e alguns feitos e fatos históricos; é, pois, inegável seu conhecimento,
cultura, inteligência e saber!
Mas, tem sido assim, desde
a clássica obra literária em forma de alerta ou em “livro-denúncia” da “Invasão Vertical dos Bárbaros”, de nosso
genuíno, sábio e autêntico filósofo Mário
Ferreira dos Santos, versando sobre como, quando, quanto, quem ou onde e o que
da nossa cultura Ocidental tem sido desdenhada, aviltada, vilipendiada, menoscabada
e destruída em seus valores axiológicos éticos e morais, pelo ignóbil, inane,
inóxio e insano “multiculturalismo”
espraiado feito pandemias, endemias e epidemias nos seios de Sociedades
Ocidentais, mormente nos países tidos como capitalistas, pelos gramscistas adeptos,
sequazes e séquitos do carcomido, arcaico, esfarrapado, superado, ultrapassado e
fracassado socialismo/comunismo, que sempre viu (e ainda vê, pelo visto) o labor,
o trabalho como uma exploração do homem
ou a expropriação de seu viço, vigor,
força e físico pelo indigitado Capital, que amam tanto e tanto amam! Ou não? – “Comerás
o pão com o suor de seu rosto”- Bíblia: Gênesis!
Entrementes, quanto ao
sorridente “Sísifo” (que trabalhava como “condenado” porquanto havia sido “condenado pelos deuses” ao hercúleo
“esforço
inútil” de elevar enorme pedra ao cume de uma íngreme colina, segundo a
mitologia grega) - para mim, no meu parco entender e creio eu -, não pode nem deve ser comparado ao labor de quaisquer um dos
trabalhadores abnegados, diligentes, dedicados, disciplinados, pontuais,
assíduos, proficientes e profissionais. Todo trabalha tem o seu valor!
Afinal, só “o
trabalho dignifica o homem”*
e até “enobrece a alma ou o espírito”,
como dito por outros intelectuais-pensadores; enquanto óbolo vicia e o torna
refém da ignominiosa, insidiosa, oprobriosa, inescrupulosa e criminosa preguiça.
Todo digno trabalhador, que se esmera no seu labor, é muito mais que um “Sísifo”:
é um artífice, artesão, artista, um obreiro útil, proficiente e produtivo por
mais humilde, comum, trivial, simples, braçal e físico que o seja ou pareça ser!
Há, pois, uma imensa maioria que sente prazer e alegria em trabalhar. Ou não?
*”Atribui-se ao ilustre pensador Max Weber, alemão que viveu entre 1864 e 1920, em sua célebre obra ‘A ética protestante e o espírito do capitalismo’, cunhou a expressão famosíssima ‘o trabalho dignifica o homem’ que, embora isolada de seu contexto original, muito fala sobre a importância do trabalhador e do próprio trabalho em uma sociedade, qualquer que seja ela...Fonte: Wikipédia.
Aliás, bem pior ou muito
mais grave, triste, doloroso, cruel e indigno é não ter labor ou não dispor
de um ou até mesmo disposição, força e coragem para trabalhar; ou o mais
drástico, infame, tétrico, terrível e tenebroso: buscar um trabalho
e não encontrar – que o digam os mais de 13,6 milhões de
trabalhadores brasileiros desempregados deste país, mormente os que foram
demitidos no último triênio, que nem mesmo um “Sísifo” podem ser!
O que é lastimável,
inaceitável e desesperador porquanto não há “Sísifo” que sorria, sem
seu emprego ou trabalho ou atividade, sem o digno, justo e a devida recompensa
remuneratória ou retribuição compensatória ao seu labor (seja PRO LABORE FACIENDO ET PROPTER LABOREM)! – ver mais aqui, a
saber: http://gouveiacel.blogspot.com.br/2017/05/lembro-os-os-comunistassocialistas.html
Abr
*JG
Foi Benjamin Franklin, e não Webber, quer cunhou a frase "o trabalho dignifica o homem" - cerca de 150 anos antes.
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