Joilson Gouveia* |
Por
que os “amantes da humanidade e salvadores
do mundo” (os cultos e sábios: socialistas/comunistas/marxistas/leninistas/
trotskistas/gramscistas) falam tanto em democracia? – Leiam abaixo aos excertos
transcritos, a saber:
· O Brasil passou em sua história recente por um
período de ditadura, que se encerrou com as eleições diretas para presidente da
república em 1989, com a
“consolidação da democracia”, fato este que é quase unanimemente considerado
como um marco na história do país em direção ao progresso e a mais liberdade. Mas além
de, a cada dois anos, sermos importunados por campanhas políticas nas ruas e
nos meios de comunicação e sermos obrigados a ir votar, o que efetivamente
melhorou? Nada. Mas e a
censura? Afinal, este é o ponto negativo da época da ditadura militar mais
lembrado. Censura é algo intolerável e jamais deve ser admitida, mas a
substituição da ditadura pela democracia não veio acompanhada pelo fim da
censura — e não existe nenhuma razão para que tivesse sido diferente. Podemos até
dizer que a censura aumentou com a democracia, pois no período da ditadura ela
estava confinada à repressão da expressão de ideias políticas, e agora na
democracia ela se generalizou.
· Para citar
alguns exemplos atuais de censura, o cantor humorista Tiririca está com uma de
suas músicas censuradas, o livro Minha Luta, de Hitler,
não pode ser vendido no Brasil pelo menos até 2015, o jogo Counter Strike foi proibido, e o jornal O Estado de São Paulo
está censurado há mais de dois anos, proibido de divulgar informações sobre uma
investigação envolvendo a família Sarney. Esta é apenas uma fração de tudo que o governo violentamente censura
hoje: nestes tempos de internet, que torna a vida do estado mais difícil — com
exceção do exemplo do Estadão, a música, o livro e o jogo, que estão com a
comercialização proibidas, podem ser baixados on-line em questão de minutos —
mas não impossível, e o estado já está trabalhando duro para que o alcance de
suas armas chegue também ao ambiente virtual. E ironicamente para os que consideram
que democracia é sinônimo de liberdade de expressão, a maior ocorrência de
censura é justamente por causa das eleições. O Brasil é
o país com maior número de pedidos de remoção no Google — o dobro do segundo da
lista, que foi a Líbia — e, somente nos dias finais da corrida eleitoral
brasileira, os juízes do país emitiram 21 ordens de censura. Nas eleições de
2012, a censura no Brasil levou inclusive à prisão do CEO do Google, fato que
jamais ocorrera em nenhuma outra parte do mundo.
· A ditadura
militar no Brasil foi um período terrível sob os mais variados aspectos. Um
governo nacional socialista se instaurou, inúmeras políticas de redistribuição
de riqueza foram estabelecidas e a intervenção do governo foi massiva. Porém, todos esses aspectos — além da
censura — se multiplicaram com a democracia, e a explicação deste fenômeno
também é dada em Além da Democracia. Um dos aspectos mais perversos da
democracia é o de que os abusos do governo contra os direitos individuais são
mais facilmente aceitos pela população, devido à ilusão de que numa democracia
é o povo quem governa. Beckman e Karsten iniciam a detonação de mais
este mito da seguinte forma:
Ø O primeiro
problema é que ‘o povo’ não existe. Há milhões de pessoas apenas, com milhões
de opiniões e interesses. Como podem elas governar juntas? Isso é impossível.
Como um comediante holandês disse uma vez: “A democracia é a vontade do povo. Toda manhã eu fico surpreso ao ler no
jornal o que é que eu desejo”. (p. 25)
· Se fosse um rei
ou um ditador a impor, por exemplo, um imposto de quase 50% sobre as riquezas
produzidas e ordenando o que seus súditos podem ou não consumir, a população
não aceitaria sem no mínimo fazer sérias objeções. A Coroa portuguesa cobrava 1/5 de impostos dos
habitantes da colônia brasileira — conhecido como “quinto dos infernos”—, e
isso gerou revoltas como a Inconfidência Mineira, que culminou no enforcamento
de Tiradentes. Hoje o governo cobra mais do que o dobro de impostos —
“dois quintos dos infernos” — e ainda regula todo tipo de atividade individual,
tudo aceito passivamente por uma população que acredita estar no comando.
Trocar um tirano em Lisboa escolhido por nascimento por um tirano em Brasília
escolhido por voto não muda essencialmente nada, a não ser a tolerância dos
súditos quanto a exploração e agressões aos direitos individuais cometidas
pelos seus governos — ela aumenta exponencialmente. É por isso que as
democracias modernas são verdadeiras máquinas de redistribuição de riquezas e
de extermínio das liberdades individuais.
· E um detalhe
do livro que ganha relevância graças à deturpada mentalidade submissa
brasileira é a nacionalidade dos autores. O fato de os autores serem holandeses
pode imunizar os leitores da tentação de dizer que a democracia é imperfeita no
Brasil, mas “na Europa funciona” — argumento vazio tão comum de se ouvir por
estas bandas. Tanto cá quanto acolá, existe a crença de que o
sistema funciona, e que basta votar certo. “Não elegemos
bons governantes nas primeiras duzentas tentativas, mas na próxima eleição
consertaremos tudo isso”. Porém, os
políticos eleitos parecem ser cada vez piores, e o governo cada vez mais
catastrófico. Beckman e Karsten nos
mostram onde está a verdadeira fonte de nossos problemas. Todos que
prezam a liberdade e a prosperidade devem rechaçar o sistema democrático em
todas as oportunidades que tiverem, e esta obra nos fornece as ferramentas para
tal. In http://rothbardbrasil.com/alem-da-democracia-3/
Aliás,
sobre os tais “quintos dos
infernos” e “reformas e mais reformas”, insto aos leitores acessarem
aqui, a saber:
Enfim,
em nossas plagas, como sói acontecido, além errarmos mais de duzentas vezes,
ainda anelam reeleger declarados “fichas-sujas”, condenados e réus de vasta
folha-corrida criminal e processual pelos mesmos idiotas
de que trata Nelson Rodrigues: “A maior desgraça da
democracia, é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas, que são a
maioria da humanidade”.
Abr
*JG
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