Joilson Gouveia* |
O
automóvel, enquanto meio-de-transporte ou mobilidade urbana e rural, teve no chofer-de-praça (ou antigo chauffeur)
que dispunha de seu próprio veículo particular a serviço do sujeito, indivíduo,
pessoa ou cidadão, que necessitava se locomover aos locais por onde não
passavam as lotações [como eram
chamadas os bondes e ônibus ou coletivos (conduções), que jamais foram transportes-públicos, pois que sempre
havia um particular detentor da frota – até criaram uma
empresa-de-transportes-públicos-urbanos, a ETURB/Maceió, num passado recente, que
foi vilipendiada, espoliada, sucateada e faliu por ter virado cabide-de-empregos de apaniguados, arraigados,
incrustados e, no mais da vez, sindicalizados – assim como ocorre com Os Correios, em vias de falência (onde os escarlates abundam a tudo destroem:
a Petrobrás, que deixou de ser “uma
caixa-preta para ser transparente, mas nem tão transparente assim”), a CEF,
o BB, o BNDES, os fundos de pensões e etc., que nos digam!]
O
autônomo, pessoal, privado e particular chofer
passou a ser o profissional-do-volante
denominado taxista, numa consentida, permitida
e lucrativa terceirização-sindicalizada, regulamentada e doada por prefeituras,
e a serviço de empresários que receberam generosas concessões do poder-público.
Ou seja, a outorga-permissionária (de caráter intuito-personae)
intransferível de exploração de um serviço
público prestado pelo particular, ascendeu ao espectro coletivo-empresarial-privado,
mas sempre com alcaides e edis ávidos ou
titulares dessas concessões (ou galinhas-de-ovos-de-ouro), para os apaniguados,
onde as leis de mercado da livre-oferta-e-procura sucumbiram aos interesses
comezinhos de sindicalizados e políticos locais.
O
taxista, profissionalizado e sindicalizado, passou a receber alguns benefícios,
benesses e sinecuras fiscais e/ou financeiros na aquisição de veículos-novos,
mais cômodos, seguros e confortáveis, com redução do preço na compra do veículo
de até 40% ou mais, mas os preços das bandeiradas e corridas sempre foram reajustados
a maior por decisões-políticas e sindicais.
Notem bem: as lotações,
conduções ou ônibus urbanos chamados coletivos perderam enormes fatias do mercado
pela deficiência (ineficiência) e de uma oferta limitada de seus serviços, no mais da vez, loteadas
pelo poder-público, dividindo a urbe em zonas de atuação para cada grande-empresa-de-coletivos;
não satisfeitos, os taxistas, passaram a fazer do táxi um tipo de mini-lotação, sem falar nos clandestinos
“fiscalizados” pela ARSAL”, quando
proliferaram os “seguros serviços de VANS”
dos chamados transportes-alternativos
e, também, uma gama de moto-taxistas; com esses barateara-se o preço e custo
das passagens, sem oferecer serviços seguros, confiáveis, condizentes,
condignos e compatíveis. Tudo reflexo do inexistente serviço de transporte urbanos,
seja público ou privado.
De
olho nas deficiências, ineficiências, deficitárias e inexistência do mercado
rentável em especial na efetiva carência de transportes públicos seguros,
condignos, cômodos, confortáveis e confiáveis, eis que surge o UBER, ofertando
aquilo que os taxistas deveriam prestar, no mínimo, um urbano e bom serviço.
O
cidadão ou cidadã que sofre diante da insegurança pública recrudescente tem optado
pelos modernos serviços do UBER, é a lei de mercado: oferta e procura; a
demanda é ampla e nosso meios e serviços de transportes urbanos “públicos”
existem mais nas vinhetinhas das eleições e nas propagandas de tevês de cada “governo”,
desde o VLT; lembram?
Maceió
é uma capital-turística sem trens, metrôs, VLT, BRT e, sobretudo, sem o mais
mínimo e necessário saneamento básico, daí tantas praias impróprias para banho!
Ainda assim, querem construir monumentos ou monstrumentos à beira-mar!
Pode?
Mas
há preciosos pardais em nada precisos!
Abr
*JG
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