Joilson Gouveia* |
Ao
contrário de conservadores ou retrógrados direitistas (sempre saudosistas
dos áureos anos dourados ou de belos e
velhos tempos, quando “éramos felizes*”, e como fomos felizes! – na indigitada alegada, aduzida e
imputada “ditadura-militar”) a vetusta, saudosa, formosa e ainda bela esquerdista
sente saudades em suas reminiscências, ora confidenciadas, e até preferida.
Malgrado
não se arrependa, esmoreça nem amadureça tampouco evolua seu modo de ver o
mundo porquanto ainda sonha com uma inimaginável igualdade igualitária comum, como se fora
possível derruir, abdicar e abolir o individualismo
do indivíduo
e/ou do egoísmo de cada sujeito ou pessoa e gente humana, cujos sonhos são
subjetivos e próprios de cada um ou de cada qual e de cada Ser!
–
Hoje querem acabar até com as pequenas distinções biológicas, diferenças
naturais, genéticas, humanas e históricas numa ignara, ignota e impossível,
descabida e inóxia ideologia de gênero!
É,
pois, típico do esquerdista sincero e coletivista convicto utópico, como diria
nosso inolvidável Nelson Rodrigues,
a saber: “As feministas querem reduzir a mulher a um macho mal-acabado”. Mais ainda: “Não há ninguém mais bobo que um socialista sincero. Ele não
sabe nada. Apenas aceita o que meia dúzia de imbecis lhe dão
para dizer”. E o pior: dizem. É fato!
Ademais
disso, é bem como diz Rodrigo
Constantino em sua obra “Esquerda Caviar”,
a saber:
·
“Todo burocrata da
compaixão precisa de vítimas sociais para garantir o ganha-pão, assim como
todos esquerdista caviar necessita de seus mascotes. Os grandes defensores dos
fracos e oprimidos precisam de fracos e oprimidos, nem que seja necessários
cria-los. Surgem, então, as ‘minorias
vitimizadas’.”
·
“A visão coletivista
da esquerda enxerga o mundo de modo maniqueísta, e cria categorias
predominantes com base em uma única característica, que forma o indivíduo. Cada
um tem um gênero, uma cor de pele, uma classe social, uma etnia, uma
preferência sexual. O resto não importa.”
·
“Além disso, o
coletivista costuma apelar para aquilo que Ludwig von Mises chamou de ‘polilogismo’, ou seja, existiriam
lógicas distintas para cada grupo. O pensamento de classe, ou sexo, ou raça,
importando apenas a identidade grupal. Como disse Ortega y Gasset: ‘para se formar uma minoria, seja qual for,
é preciso que, antes, cada uma se separe da multidão por razões especais,
relativamente individuais’.”
·
O coletivista não quer
saber disso. O racista enxerga somente “raças”, o socialista, somente classes, a
feminista, apenas gênero. Não importa que entre dois negros possa haver mais
diferenças que entre um negro e um branco. Não importa que um trabalhador
humilde possa ser liberal, enquanto um rico banqueiro defenda o socialismo. Não
importa que algumas mulheres possam diferir entre sim como água e óleo.” – Ver mais in http://gouveiacel.blogspot.com.br/2017/03/a-excessiva-glamorizacao-fanatica-aos.html.
Ora,
pois, já nos dissera o grande-ídolo e roqueiro baiano Raulzito: “eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do
que ter aquela velha-opinião formada sobre tudo”! Cada indivíduo, pessoa,
sujeito, gente ou Ser-Humano nasce, cresce, amadurece, evolui e fenece, menos o
socialista-coletivista-comunista, que prefere viver na ilusão do passado e de
seus sonhos-de-juventude, que não
deram certo nem darão por ser um equívoco e grassar erros crassos nefandos,
funestos e nefastos, como reconhecidos por Ferreira Gullar, um
dos mais ferrenhos comunistas senão o maior, a saber:
“O socialismo fracassou. Quando o Muro de Berlim caiu, minha visão já era
bastante crítica. A derrocada do socialismo não se deu ao cabo de uma grande
guerra. O fracasso do sistema foi interno. [...]
O empresário é um intelectual que, em vez de escrever poesias, monta
empresas. É um criador, um indivíduo que faz coisas novas. A visão de que só uma
lado produz riqueza e o outro só explora é radical, sectária, primária. A partir dessa miopia, tudo o mais deu errado para o
campo socialista. [...]
Eu, de direita? Era só o que
faltava. A questão é muito clara. Quando ser de esquerda dava cadeia,
ninguém era. Agora dá prêmio, todo mundo é. Pensar isso a meu respeito não é honesto. Porque o que estou dizendo é que o socialismo acabou,
estabeleceu ditaduras, não criou democracia em lugar algum e matou gente em
quantidade. Isso tudo é verdade. Não estou inventando. [...]
Não posso defender um regime [o cubano] sob o qual eu não gostaria de
viver. Não posso admirar um país do qual
eu não possa sair a hora que eu quiser. Não dá para defender um
regime em que não se possa publicar um livro sem pedir permissão ao governo. Apesar disso, há uma porção de intelectuais
brasileiros que defendem Cuba, mas, obviamente, não querem viver lá de jeito
nenhum. É difícil para as pessoas reconhecerem
que estavam erradas, que passaram a vida toda pregando uma coisa que nunca deu
certo.” (Sic.) Loco citato, Rodrigo Constantino, in “Esquerda Caviar”, p 420.
“E
arrematando, conclui o autor no seu apelo, instando que outros façam o mesmo
que o poeta Ferreira Gullar que teve a sensata, sincera, humilde e honesta
coragem, a saber:
·
“Concordemos com o poeta. É mesmo muito difícil. Mas não é impossível,
como seu próprio exemplo comprova. Há luz no fim do túnel escuro da esquerda
caviar, e não necessariamente é um trem vindo em nosso direção. Com alguma
honestidade intelectual e com doses razoáveis de coragem, vários que estão
aprisionados nessas correntes ideológicas, por covardia, por medo, por vontade
de agradar os incautos, por alienação ou por pura ignorância, conseguirão obter
a própria liberdade e deixar o esquerdismo para trás.
·
Esse mal tem remédio. E espero ter feito o minha
parte com este livro, para ajudar no processo de desintoxicação. Venha você
também para o lado mais saudável, mais verdadeiro, mais sincero, mais
endireitado e menos sinistro. Diga adeus à esquerda caviar!”
Enfim, fica a dica em forma de apelo! Boa reflexão, e, acima de tudo,
coragem cívica, moral e intelectual!
Com
efeito, ninguém consegue mergulhar nas mesmas águas do rio ou nas mesmas águas
do mar, com ou sem espumas, tampouco continuar o mesmo e ter as mesmas ideias
de sempre, salvo se for um eterno lago-de-águas-paradas
[onde muitos “acreditam nas flores vencendo canhões”; ainda – como até cri um dia, enquanto idiotice* de um idiota que fui; claro!]
·
Idiotice*– “Em grego, idios quer dizer ‘o
mesmo”. Idiotes, de onde veio o nosso termo ‘idiota’, é o sujeito que nada enxerga além dele mesmo, que
julga tudo pela sua própria pequenez.” Loco citato, In Olavo de Carvalho, na obra “O mínimo que você precisa saber para não ser um
idiota”. – ver mais: http://gouveiacel.blogspot.com.br/2017/03/hoje-e-reflexo-do-ontem-como-amanha.html.
É,
pois, a vontade acima da razão: Sit pro ratione voluntas – “A
vontade sirva de razão.
Verso de Juvenal que demonstra até onde podem ir os
caprichos dos prepotentes longe de seguir a lógica, preferem impor o seu ponto de vista mesmo com prejuízo
próprio ou de terceiros.” In
http://gouveiacel.blogspot.com.br/2017/03/nao-somos-animais-iguais-ainda-que.html.
Enfim, além do saudosismo da
época da ditadura, pode-se inferir uma frustrante e decepcionante
convicção de ler, ver, ouvir e saber do desastroso legado dos
coletivistas-socialistas anistiados, mormente daqueles que alçaram ao Poder, “pela Ética na Política”, figurarem nas
páginas policiais de todos os jornais nacionais e mundiais, e o que é pior: não
sentir vontade tampouco coragem de morar no “paraíso progressista-coletivista-cubano”,
na ilhota que serve de valhacouto aos Castros!
Daí a dolorosa e saudosa memória da formosa fêmea-socialista;
ou não?
Abr
*JG
P.S.: Errar é humano, sim! Permanecer no mesmo erro é idiotice!
Nenhum comentário:
Postar um comentário