Joilson Gouveia* |
É
cediço que os animais humanos, no
mais da vez, têm sido muito mais animais
que humanos ou até mesmo mais animais
que os outros animais, especialmente aos domesticados senão aos selvagens.
O Homo Sapiens ainda não é uma característica típica, peculiar, natural e elementar presente em todos in genere da espécie do gênero humano in stricto senso et lato senso: muitos sequer sabem para que se lhes serve o cérebro. O mens sana in corpore sano está longe de ser a regra nos humanos, mormente no Brasil nesses tempos de “pátria educadora”; claro!
Ainda
assim, a despeito do brilhante texto dominical de nosso preferido literata caetés
e tupiniquim, à guisa de uma urbana, salutar e saudável dialética, é imperioso transcrever
parte doutro texto extraído do livro “Esquerda Caviar”,
de Rodrigo Constantino, às pag.
250/251, a saber:
- “Peter Singer, o
mais famoso defensor dos direitos dos animais, tem uma ética utilitarista bastante peculiar.
Para ele, está tudo bem em se eliminar um bebê deficiente se isso estiver no
melhor interesse do bebê (?) e de seus familiares. Entende que
muitas pessoas considerem isso chocante, mas acha contraditório que pensem
assim aqueles que aceitam o direito de aborto. Julga medieval a noção de que a vida humana é sagrada,
e considera o Cristianismo seu grande inimigo.
- Em seu livro, Ética prática, Singer coloca a capacidade de sofrimento como o grande fator na
hora de avaliar direitos. Se o rato sofre quando usado em experimentos, então
isso deve ser evitado. Por outro lado, se um idoso não sofre com uma injeção
letal, segundo sua ética utilitarista, tudo bem. Singer diz: ‘os especistas humanos não admitem que a dor é tão má quando sentida
por porcos ou ratos como quando são seres humanos que a sentem.’
- Logo, ser um ‘especista’
– alguém que prioriza a
sua própria espécie – seria análogo a ser racista entre humanos. Singer
coloca em pé de igualdade aquele que julga inferior um membro de outra ‘raça’
(sic) humana e aquele que se julga acima e digno de mais direitos que um rato e
um porco.
- Com base em seu único
critério, o do sofrimento, alega que recém-nascidos da nossa espécie, por não
terem elevado nível de consciência, seriam tão passíveis de uso em experimentos
quanto animais. O mesmo valeria para deficientes mentais. O filósofo coloca a
seguinte questão:
- ‘Se fizermos uma distinção entre os
animais e esses seres humanos caberá também a pergunta: de que modo poderemos
fazê-la, a não ser com base numa preferência moralmente indefensável por membro
de nossa espécie’.
- Não sei quanto ao
leitor, mas eu tenho, sim, uma preferência por membros da minha espécie, Homo Sapiens, e jamais diria que é ‘moralmente
indefensável’. Muito pelo contrário, considero-o essencial, não
apenas para a sobrevivência de nossa espécie, como para a preservação dos
valores morais mais caros à nossa civilização. A esquerda caviar parece discordar, e coloca os
interesses do camundongo no mesmo patamar dos nosso. Não devemos ser ‘especistas’
...”
- “Não deixa de ser curiosa a postura de Singer e companhia:
tentam equiparar todos os animais, ao menos os que são capazes de sofrer, mas
cobram dos animais humanos mais sacrifícios.
Os peixes podem se comer entre si, o tigre pode avançar sobre a gazela, o leão
pode traçar o veado, mas nós não podemos comer carne alguma. Afinal, somos
superiores e temos consciência ética, capacidade de refletir. E isso, pelo
visto, é um fardo, não uma vantagem.”
- “Quase todo membro da seita vegetariana se considera melhor que os demais seres humanos por
abrir mão do consumo de carne. A sensação de superioridade moral resta evidente
em todo debate. Fica assim, então: os animais têm os mesmos direitos que os homens,
pois todos somos iguais, mas, entre os homens, uns são melhores que os outros,
pois reconhecem a igualdade de todos os animais. Às vezes quase concordo e aceito
a tese de que não há muita distinção entre antas e os humanos ...” (Sic.) – Sem destaques
no original.
Com
efeito, e diante do acima exposto, seria mera insensatez, comum estupidez, simples
incoerência, pura hipocrisia ou curial demagogia preferir maltratar, agredir e
sacrificar os animais, seja por imperiosa necessidade ou mesmo por perversa perversidade,
mas ante eles e um ser humano poupe-se o humano.
Abaixo a misantropia ou
antropofobia e até uma inimaginável antropofagia, que não imolemos os animais,
mas, sobretudo, que não sejamos cruéis assassinos de bebês (abortistas de
carteirinhas) como tem sido a bandeira
esquerdista escarlate e dos melancias
e especistas, a saber:
Enfim,
como bem dissera o inolvidável Nelson Rodrigues: “É fácil amar a humanidade; difícil é amar o próximo.”
Abr
*JG
P.S.:
Dia 13 de março, o dia “D”, urge terminarmos a faxina: vamos todos às ruas
instar, apelar e exigir INTERVENÇÃO MARCIAL CONSTITUCIONAL FEDERAL!
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