Joilson Gouveia* |
Há quem diga que o medo é a "arma"
da covardia, que somente os covardes temem enfrentar o perigo, de frente. E,
por isso, esperam avidamente que surja um "louco" destemido
que desbrave o incognoscível escuro da temeridade, para que, uma vez desvendado
tal mister, lhes sigam os passos com seguridade e certeza - muitos chamam a
isto de prudência; outros de aproveitadores do princípio da oportunidade dada
pelos pioneiros audazes que ousaram na busca das causas e consequências, dos por
quês e dos porquês.
Entende-se tal e tais comportamentos.
Todavia, se para uns variamos, para outros ousamos e para muitos somos escudos
ou burro-de-carga; respeite-se também suas opiniões e procederes, são estes
homens comuns e como tal passíveis da falibilidade humana - inerente à própria
raça e espécie: "hominis".
Assim, pois, entende-se as
preocupações, opiniões e temores dos comuns, que formam filas entre aqueles que
nem sofrem muito nem gozam, mas que não sabem e nem jamais saberão o gosto da
vitória ou o dissabor da derrota na busca e consecução de ideais, direitos,
melhorias e mudanças substanciais para todos. É, pois, por demais compreensível
e aceitável tais temores e/ou covardia.
Porém, há que se considerar o espírito
de luta daqueles que buscam tais propósitos grandiosos, mesmo conscientes de
que podem sucumbir e/ou alcançar seus objetivos e seus ideais. Pois que, aquele
que não os possuem não são homens, são apenas espectros de homem.
Somos e pensamos assim!
Maceió, 14 de novembro de 1.991
JOILSON FERNANDES DE GOUVEIA – Maj. PM
N.A.:
Texto censurado e que
teve sua publicação proibida pelo poder de mando de então, enquanto o Autor
amargava a prisão arbitrária de 20 dias de prisão incomunicável. Texto
censurado e que teve sua publicação proibida pelo poder de mando de então,
enquanto o Autor amargava a prisão arbitrária de 20 dias de prisão
incomunicável.
Abr
*JG
P.S.:
reeditado para “rememorar para jamais
olvidar”
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