Joilson Gouveia* |
As
últimas chuvas, mais uma vez, desnudaram, desmascararam e demonstraram aquilo que
os “amantes de Maceió”
(aqueles que dizem que a amam e postam fotos sorridentes, em suas praias), mas
parecem não enxergar que sua cantada, decantada, fotografada e filmada “amada e amante Maceió”-
eleita, pelos internautas das redes sociais, como sendo uma das mais belas praias
do Brasil, o que nos ufana enquanto caetés- está doente,
debilitada, abandonada, desprezada, desprotegida e, o que é pior e mais grave,
infectada.
Há,
pois, iminente ameaça e perenes riscos à balneabilidade saudável e salutar de
suas águas tépidas, claras e límpidas de azul-piscina, e não somente de Maceió,
mas de todo nosso litoral.
A
continuar nesse caminho, a persistir e permanecer sem os imprescindíveis,
saudáveis, sanativos, salutares e saneadores saneamentos essenciais, básicos e
elementares de tratamento das redes de esgotos de águas servidas e de galerias águas
pluviais, que sujam, enodoam, poluem e derramam suas águas escuras e fétidas, através
das inúmeras galerias que deságuam nelas e as infectam de coliformes fecais e as
enchem de todo tipo de lixo e dejetos ou excrementos, poluindo e enfeando nas nossas
lindas praias.
Desse
jeito, logo, logo e em muito breve, a continuar nesse descaso, seremos um
lodaçal pantanoso em face da enormidade imensurável de lixo abundante em
matéria plástica, lama e “línguas negras” lambendo suas praias, no fluxo e
refluxo de suas marés.
E
o que tem feito o Poder Público? Nada vezes nada! Passar tratores em suas
areias, são medidas paliativas, reativas e lucrativas às empresas coletoras de
lixo, em nada solucionam a poluição incontida, desenfreada e descontrolada, sem
falar que apenas amontoam todo o lixo nas suas areias, sobretudo no Sobral,
Trapiche e Pontal. Urge a proativa prevenção, para preservação da
biodiversidade: flora; fauna; lacustre-aquática-marinhas; mormente de seus humanos
nativo e turistas.
Onde
o saneamento sanitário de águas servidas dos hotéis, pousadas, restaurantes, barracas,
bares e residências da orla litorânea? Quem mais agride ao meio ambiente ou
biodiversidade lacustre-marítima-oceânica: o lixo e os dejetos lançados nas
águas ou as redes de arrastos de seus pescadores artesanais? O óleo, graxa e
gasolina derramados de seus barcos ou o suor de seus pescadores? Proibir a
pesca na enseada de Pajuçara evitará a poluição de suas “línguas negras”? As algas marinhas
(sargaços), nessas praias, são mortas pelas poluições permanentes, desde
sonora, objetos de matéria plástica, concreta e até luminária ou luminosa, pela
intensa luminosidade noturna. A vida marinha não repousa nem dorme.
Ademais,
o emissário submarino, que teve sua construção reduzida a um terço da obra e
triplicados seus custos, à época, já não suporta a vazão diária normal em dias
ensolarados, no verão, mormente quando do período invernoso ou de precipitações
de chuvas intensas de verão ou iguais às tempestades da última quinta-feira
passada, que macularam, enodoaram, mancharam, sujaram e poluíram ainda mais
nossos cartões postais, do Sul até o Norte, da foz do “velho Chico” até Maragogi,
mas, eis que os “zeladores do Erário”, resolveram a pesca PROIBIR e sequer tentam
evitar ao mar POLUIR. Não se pode mudar nada por decreto, in caso! Amar é
preservar; ou não?
Nossos
rios, riachos e córregos hão de ser preservados, para não se tornarem esgotos a
céu aberto, como o atual Riacho Salgadinho.
Abr
*JG
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