Joilson Gouveia* |
Percebe-se, pois, nesses
episódios recentes – trazidos à baila pelo brilhante literato caetés e
tupiniquim – portanto, desses tempos atuais e comparados aos que não voltarão
jamais porquanto perdidos na memória dos atuais senis e dos “jovens-velhos” ou
“velhos-jovens”,
cinquentões ou sessentões ou mais, como nós (tempos perdidos
porque “esquecidos”-ou arquivados no baú memorial- nunca por tê-los vivido;
claro!), áurea época em que os povos, sociedades e comunidades ou
mesmo todas as nações democráticas buscavam consolidar os ideários desfraldados
pela revolucionária bandeira de uma tríade de premissas axiológicas, e que
encantara ao mundo inteiro: “liberdade, igualdade e
fraternidade”! – nem todas as nações as conquistaram e as
realizaram...
E, hoje, ameaçadas
de extinção, revogação ou por desuso, pelo que se pode inferir, da brilhante
narrativa dominical do ilustre, preclaro e destacado “analista caetés”!
Permita-me
transcrever aqui o seguinte, a saber: “Em breve, sorrir será ofensa aos banguelas e desdentados; florir ofenderá aos que não dispõem de
um jardim; caminhar e correr
discriminará aos mancos, aleijados e mutilados; pensar ofenderá aos que possuem cérebro enquanto massa
cinzenta inócua aos que sequer sabem que ele existe - e para que fim ele está nela,
ali na sua caixa craniana e etc. Ou até mesmo ser senil ofenderá ao jovem imberbe e imaturo “mano”; “sabe”! (?) – contido in http://gouveiacel.blogspot.com.br/2015/11/a-verdade-passara-ser-crime-hediondo.html. - E digo mais: o elogio
passará a ser uma ofensa! O verbo será crime ou assédio ao mudo e surdo...
O livre pensar que fora só pensar, no dizer de Millôr Fernandes, será atentado ao desgoverno que aí está! Ou não?
Alguns passaram a
exigir mais direitos, privilégios, prerrogativas ou sinecuras, benesses e
graçolas que os limitados na própria isonomia (todos são iguais, em direitos e
obrigações, perante a LEI) quebrando a equânime equidade equitativa do esquadro
da premissa axiológica da legalidade legítima, justa e democrática e, por conseguinte,
para todos, igualmente (social, sociológica o socialmente falando), ainda que
sejamos todos diferentes, divergentes, díspares e desiguais enquanto seres
humanos, mas todos iguais na bitola, esquadria e no molde e modelo legal!
Já havíamos dito, a
saber:
- “Aliás, é de se dizer que todo privilégio e/ou prerrogativa torna-se, efetivamente, numa odiosa sinecura, perversa vantagem especial e exclusiva discriminação. De mais a mais, tal e tais prerrogativas, mordomias e imunidades remontam à taxionomia de castas sociais ínsitas à monarquia, como se pudesse admitir classes ou categorias de seres humanos ou mesmo de cidadania, a despeito de muitos assim procederem, i.e., uns, da chamada elite, se acharem mais cidadãos que outros e só pelo fato de terem um diploma ou um anel no dedo - muita vez, estes é que cometem os mais absurdos e hediondos dos delitos.” Leia-se mais in : http://jus.com.br/artigos/2235/imunidade-ou-impunidade#ixzz3sDvGK2Dd
A igualdade, fora
dos liames legais constitucionais, se tonou desigual quando privilegiaram uns, bonificaram
outros, gratificaram, beneficiaram e premiaram a alguns em detrimento de todos
quando “instituíram cotas
para algumas ditas minorias ou excluídas parcelas da sociedade”.
Ou não?
Enfim, aquela
tríade (liberdade, igualdade e fraternidade - outrora anelada) foi reduzida, na
prática, e numa “realidade social fraterna, igualitária e
justa”, que somente
existe ou “passou existir”
no “mundo real da telinha de tevê”, mormente nas
vinhetinhas dos governos, urdidas por marqueteiros, e massivamente veiculadas,
divulgadas e pulverizadas nas casas dos habitantes de uma nação de tênue, pífia
e tíbia democracia que periga ser tiranizada, venezuelizada ou cubanizada –
como eu queria viver no estado ou país dessas vinhetinhas! – como se pode
inferir da censura dessas mesmas tevês que noticiaram, editaram ou mostrarem à
realidade dos fatos diversos, díspares e contrários aos fatos divulgados nessas
vinhetinhas, é que a verdade é vermelha – vide, pois aqui, a saber: http://gouveiacel.blogspot.com.br/2014/12/a-verdade-e-vermelha.html
Urge lembrar, por supino, fundamental e importante, que pensar, falar ou agir diferente ou mesmo não concordar e até desconcordar ou mesmo calar diante deLLas ou exigir legalidade, respeito e transparência é puro “golpe, golpismo, PIG, é ser coxinha, zelite ariana ou viúva de quem não morreu” – basta ver que ao que o nosso Parlamento, que deveria ser a caixa de ressonância de seu povo – expulsou a esse mesmo povo de seus logradouros, largos, paços, gramados e jardins de uma esplanada, usando de sua guarda pretoriana a serviço de seus pretores!
O que
mais falta vir? O que advirá depois daí? Pense!
Abr
*JG
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